em baixo do meu ouvido-penico
ouço vozes ignorantes
gritando versos indefinidos
cantando músicas incessantes
em baixo do meu ouvido-penico
sinto carrapatos iludidos
bebendo o álcool inesgotável
sugando meu sangue enfurecido
em baixo do meu ouvido-penico
vejo vultos irreconhecíveis
pintando meu ouvido-penico
com tintas marcantes invisíveis
Silvio Prado
Um comentário:
Esta poesia me fez pensar em como as pessoas falam e falam, e muitas vezes nem pensam direito o qto falam. É necessário um certo equilíbrio entre falar em ouvir nos dias de hj.
Postar um comentário